quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O Músico No Brasil

Vamos lá em que voce trabalha de verdade?

É isso que escutamos quando dizemos que somos músicos.

Por que?

Os motivos são muitos, e ficar falando deles, ou gastar todo o tempo tentando encontrar culpados e puni-los, só acaba fazendo com que nos atrasemos mais na concretização de uma solução.

Sem muito alarde, atacar os problemas pela raiz, de forma simplese racional, mas firme e depois de ter sido acordada, executada sem mais perda de tempo.

Vamos aos fatos

Só no início da década de sessenta se começou a cogitar de que o músico era um profissional.

Não por coincidência, nesse momento a música brasileira era destaque no mundo, com a bossa nova e genios indiscutíveis como Tom Jobim e Chico conquistando um público que cantava em coro letras extensas, rebuscadas, com músicas que iam muuuuito além dos tres ou quatro acordes que hoje a maioria conseque seguir.

O que aconteceu então ?

Um povo que pensa é um povo que decide bem, e um povo que decide, no país do cabresto, do curral eleitoral, é um povo perigoso.

Assim sendo veio a era do "Voce é quem manda não tem discussão".

Deu tempo de fazer brasília, deu tempo de fazer a Ordem dos Músicos, mas aí ficou na mão de pessoas que ainda achavam que democracia não é bom.

As consequencias disso no Brasil como um todo são conhecidas de alguns com memória, outros preferiram esquecer, e por aío vai.

Mas as consequencias disso para nós músicos foram catastróficas.

Ao criar a classe de músico prático na década de sessenta a idéia era tirar da marginalidade social aqueles músicos que tocavam de ouvido apenas, e que eram a grande maioria. Porém a carteira de músico prático era para ser algo provisório, já que ao pagar a contribuição o músico adquiria o direito de frequentar as aulas gratuitas da OMB e com elas em no máximo tres anos seria profissional.

É bom aqui esclarecer isso melhor já que nesta confusão perpetuamos a baixa qualidade.

Como se define um músico profissional ?

Que critério pode ser adotado como um critério válido?

Andei ouvindo algumas dessas definições a seguir:

-  Musico Profissional é aquele que recebe dinheiro para tocar

- Músico Profissional é quem gravou disco

e por aí vai

Confusao que não permite ver o básico

Vamos comparar o músico profissional ao motorista

Qualquer um pode dirigir um carro desde que aprovado no exame do DETRAN, porém para conduzir um Onibus ou um caminhão a pessoa tem de ter uma carteria de motorista profissional, pois vai ter de fazer muito mais do que a maioria dos motoristas fazem. Se depois de tirar a carteria profissional a pessoa vai ou não ganhar dinheiro, se vai se um otimo ou pessimo profisional já é outro assunto. Mas sem carteira profissional nenhuma empresa legalizada vai contratar o motorista. E se ele comprar seu caminhao nenhuma empresa de seguros, ou uma empresa de frete vai contratá-lo. E mais ainda, se ele exercer essa profissão sem a licença, está sujeito a sanções de prisão.

Agora vamos ao músico na comparação, e aqueles que vem com a conversa de que música não oferece risco, vamos fazer o seguinte, pegamos os nobres causídicos que defendem essa tese estapafúrdia e os obrigamos a ouvir sem poder sair do lugar por apenas duas horas um conjunto de garagem de meninos de 13 anos, e depois das duas horas, pagar o couvert artisitico.

Qualquer um pode sem muitos conhecimentos musicais fazer o exame de músico prático e conseguir a carteira que o habilitará a tocar em lugares públicos, ela foi criada com esse fim pois se supõe que aquele que se aventura a tocar em público e consegue ser contratado, já adquiriu habilidade suficiente para isso.

Mas isso não o torna um músico profissional.

Quando se institui um exame de habilitação profissional, os padrões de classificação tem de ser mais altos, e se isso não for levado a sério o resultado é isso que já começa a ameaçar a credibilidade de outras profissões com reprovações em número alaramante nos exames das suas Ordens.

O  problema é que a pessoa que assumiu a tarefa de implementar a profissionalização dos músicos preferiu apenas COBRAR da maioria uma anuidade e deixar que todos começassem a se considerar profissionais, o que leva nos dias de hoje ã pergunta inicial deste post.

Creio que primeiro deve se esclarecer a diferença de forma que fique simples de enxergar mesmo para aqueles que nao tem conhecimento musical.

Vou citar um exemplo do s muitos que podem ser colocados para a sociedade em forma de comercial, spot ou outros meios.

Um produtor de um disco, dentro do estúdio na hora da gravação um dos integrantes do grupo que iria gravar, fica gripado e nao pode vir?

Quem ele chama ? Um profissional que vai chegar e conseguir gravar, de forma perfeita e no menor tempo possivel o que o integrante do grupo vinha ensaiando a meses. Outras situaçòes práticas podem se colocadas para que mesmo quem nao sabe o que é música, entenda. E também o músico entenda isso.


continua...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Primeiro Post

Ola Amigos Da Música

Criei o MouseFoot para facilitar a vida de quem toca, e portanto estuda, música.

Minha própria necessidade e curiosidade me fez estudar outras artes e ciencias para conseguir o que eu queria, poder tocar tudo o que eu quisesse quando eu quisesse.

Quero deixar aqui neste primeiro post um coisa registrada para que sirva de incentivo a todos.

Meu primeiro lema de vida vem de uma frase que li e adotei

"Não sabendo que era impossível, foi e fez"

Acho que isso resume tudo que somos e o que podemos ser.

Meu segundo lema é para "baixar a bola" já que sendo argentino de nascimento, judeu e paulista praticante, precisava encontrar um jeito de controlar a megalomania.

"Troco tudo que sei pela metade do que não sei"

 Sempre escolhi metas muito altas, para não correr o risco de alcançá-las facilmente.

Acho que viver é isso aprender algo todo dia e dar um jeito de se divertir no processo.

Fazer o que gosta sempre que possivel, e se não der, aprender a gostar do que tem de fazer.

Carlos Gelman